Sinal vermelho na energia do petróleo
Fábricas sem produzir, casas no escuro, carros na garagem e aviões no chão. Este é o cenário terrível que o professor sueco Kjell Aleklett, da Universidade de Upsala, pinta numa entrevista à revista Isto É. Segundo ele já começou o que ele denominou de “Peak Oil”, o momento em que a produção de petróleo atingiu o máximo e começa a declinar. Segundo ele, esse divisor começou um pouco antes da crise financeira iniciada no ano ado, quando a produção atingiu 87 milhões de barris/dia e os preços U$150 o barril. Segundo ele, sobreviverão os países que tiverem energia própria e alimentos, no caso Brasil e Rússia, onde ele está investindo suas modestas economias. O planeta não aguentará 9 bilhões de habitantes em 2.050, não tem recursos naturais e então já está na hora de repensar todo o modelo econômico, a começar pelos transportes. Aleklett vai ainda mais longe: “A redução dos investimentos provocados pela crise já está semeando a nova disparada dos preços do petróleo, que pode atingir facilmente U$500 o barril.
Aí começam a se explicar as 7 bases americanas na Colômbia, destinadas a garantir os 4 milhões de barris diários da Venezuela, os novos acordos geo-estratégicos com a Rússia, a retomada dos investimentos bélicos no Afeganistão, o controle efetivo do Golfo Pérsico e as investidas políticas no Irã. Os americanos fazem qualquer negócio para manter suas casas aquecidas no inverno e seus gigantescos carros circulando.