Nada a lamentar no caso Arruda, sr. Presidente.
As notícias da noite dizem que o presidente Luiz Inácio teria achado lamentável a situação que levou José Roberto Arruda à prisão. E que pediu cautela ao Ministro da Justiça na exposição do Governador do DF. Que circunstâncias levam o Primeiro Mandatário da Nação lamentar a situação e preservar a imagem do Governador? Ainda falta muita gente naquele cárcere da Polícia Federal. Da camarilha de Arruda, da camarilha que informou a Polícia Federal sobre o esquema de corrupção do Governador – leia-se aí Joaquim Roriz – e principalmente da turma dos corruptores, os empresários que salgaram-se nos cofres públicos. O Primeiro Mandatário da República devia pedir, sim, maior rigor com todos aqueles que dilapidam o dinheiro do povo em todo o País. Aquele mesmo povo que lhe vota quase 80% de confiança em pesquisas.
Luiz Inácio não pode declinar de seus direitos, nem dos seus deveres. Em momento algum, em qualquer circunstância.
A decretação da prisão do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, pelo Superior Tribunal de Justiça foi comemorada por parlamentares do seu ex-partido e também de outras legendas. O ex-líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), um dos integrantes do partido que mais trabalhou pela expulsão de Arruda do DEM, disse que a sociedade brasileira está comemorando a decisão. “Foi uma assepsia na política para a vida brasileira”.
Segundo Caiado, a decisão do STJ está sendo comemorada porque resgata a crença que ainda “podemos sonhar com a política praticada em parâmetros da ética e da moralidade”. Caiado não acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) conceda habeas corpus a Arruda. “O STF não vai dar guarida para quem está debochando das instituições e da população”.