Prova da OAB teve erros mas não será anulada.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) afirmou na noite de domingo (4) que detectou erros nas provas da segunda fase do V Exame de Ordem Unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aplicada no domingo para cerca de 50 mil bacharéis de direito.
De acordo com nota publicada no site oficial, a FGV afirmou que os erros estavam em questões das provas de direito civil e direito constitucional.
Ainda segundo a nota, “de modo a garantir a isonomia” do exame, todos os candidatos foram informados das erratas ainda durante a aplicação do exame e receberam tempo extra para responder as questões.
A FGV descartou a possibilidade de anular as questões. “As medidas adotadas na aplicação do exame não serão causa de nulidade”, afirmou a instituição na nota oficial.
Neste domingo, dia 04/12/2011, tivemos mais uma amostra de como as coisas vão mal no nosso Brasil.
Primeiramente, a Entidade que deveria ser exemplo de legalidade, isonomia, moralidade, nos mostra que nem nela podemos nos espelhar, falo da OAB. Segundo, a Entidade FGV, mostrou-se incompetente, sem responsabilidade, sem respeito e sem profissionalismo com milhares de alunos e Bacharéis de Direito que buscaram neste domingo fazer uma prova justa para poderem exercer a profissão de advogados.
Todos, sem exceção foram tratados com deszelo, primeiramente foram todos interrompidos para os códigos serem revistos novamente, pois veio uma ordem da OAB Federal que se não podia fazer remissão de vários artigos juntos, pois isso indicaria como fazer a peça, ridículo. Após deste primeiro tumulto começaram com a confusão das ERRATAS das disciplinas de penal e constitucional no meio da prova, sendo que muitos já haviam feito mais da metade, ou quase terminado a peça. Uma vergonha. Era gente saindo e entrando, falatório dos fiscais da FGV e da OAB, desespero dos alunos que estavam fazendo a prova para essas disciplinas e dos outros que não podiam se concentrar e estava correndo o tempo.
Tudo isso mostra a incapacidade de termos uma Instituição séria no Brasil, em que possamos confiar, nos mostra que a OAB está mais preocupada em arrecadar do que formar, o valor cobrado para este exame é o mais caro de todos exames feitos no Brasil, não deveria haver nenhum deslize, ao invés cada vez mais vem provando que não é sério. Dos alunos se exige tudo até que se tire o rótulo das garrafas de água, detector de metais, caneta transparente, sem relógios, etc, tudo isso parece fazer parte de um grande circo, e de uma guerra psicológica em face dos examinados.
É de revoltar, pois estão todos lutando para poder trabalhar, exercer uma profissão e são tratados sem respeito. São anos de faculdade, depois vem cursinho para OAB, livros, tempo despendido, e isso tudo sem poderem trabalhar.
O que mais incomoda, é que como tudo no Brasil, no outro dia as coisas continuam como se nada tivesse acontecido, como se tudo estivesse muito bem, ninguém é punido, pois não existem culpados, só restando os danos causados aos que foram lesados, até quando?
É muito interessante, para não diz de forma enojada inovador, a forma como a organizadora FGV trata o princípio da isonomia na aplicação de sua prova da 2ª fase da OAB realizada no último dia 04 de dezembro de 2011.
Eu fui, um dos examinados prejudicado pelo erro da organizadora, pois só após uma hora e cinco minutos do início do certame foi que um dos fiscais adentro no resisto e informou aos presentes que havia um erro de digitação na prova de prática profissional de penal e constitucional respectivamente.
Consequentemente fiquei bastante apreensivo e nervoso, pois já tinha dado início à transcrição da peça profissional. de imediato interroguei o fiscal como ficaria minha situação e dos demais candidatos que optaram por penal na 2ª fase. A priori, o mesmo não soube me informar, ando-se alguns minutos, o fiscal retornou com uma “resposta brilhante”, pois, segundo o mesmo, fora reado pela FGV que todos os candidatos teriam um acréscimo de 30 (trinta) minutos a mais para a realização da prova de 2ª fase da OAB.
Ora bolas, mais que princípio isonômico é este aplicado pela fundação?
Afinal de contas os únicos prejudicados com os erros da FGV foram os candidatos que optaram por constitucional e principalmente por penal, e não os demais.
Neste sentido, a mesma não deveria ter dado o adicional para todos os candidatos, mais tão somente para quem optou pelas disciplinas de constitucional e penal.
Assim, sinto-me bastante prejudicado, pois os candidatos que optaram por outras disciplinas que não constitucional ou penal tiveram um beneficio em nosso prejuízo, pois no meu entendimento, os únicos candidatos que faz jus ao adicional seriam aqueles que tiveram um erro de digitação em suas respectivas provas, e não todos os demais, como ocorrerá.
Neste sentido, o mais correto seria que a FGV declara-se que o princípio da isonomia não atingiu os fins desejados, haja vista que os examinados prejudicados, ainda ficaram no prejuízo com o adicional, pois todos os demais examinados que não tiveram informações erradas em suas respectivas provas, foram agraciados com o tempo correto e mais trinta minutos para a realização de suas provas. E por outro lado, os candidatos que optaram por constitucional e penal, de nada adiantou o pequeno adicional, pois como disse em linhas acima, fomos somente informado do erro da FGV apenas após mais de uma hora do início da prova.