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Seca na Bahia recebe alento com chuvas generosas

27/11/2012

Os produtores baianos começaram a respirar aliviados com o início das chuvas que caem no Estado desde a primeira semana deste mês. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), a situação já está normalizada em dois terços do estado, onde estão concentrados 80% do gado. 
A pecuária local foi a atividade mais afetada pela estiagem em todo o Semiárido nordestino. Na Bahia, segundo João Martins, presidente da Faeb e vice presidente daConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),ainda não é possível estimar as perdas. Segundo ele, em alguns municípios da região conhecida como “coração da Bahia” os produtores perderam todos os animais. 
“A seca foi avassaladora. Atingiu uma região [da Bahia] pobre, onde existiam 3 milhões de cabeças de gado”, disse. Os produtores de Jacobina, por exemplo, perderam metade do rebanho que morreu ou foi vendido a preços muito inferiores aos de mercado. “Alguns produtores venderam uma vaca por R$ 600. [O preço poderia ultraar os R$ 2 mil por animal em boas condições]. Nossa primeira análise de prejuízo ainda não foi contabilizada. Só saberemos o volume de perdas quando as chuvas continuarem e a situação ficar estável”, disse ele. 
João Martins garantiu que as pressões por mais alimentos e água já são menores no estado. Mas, ainda que as chuvas permaneçam frequentes, os impactos deixados pela seca ainda vão produtir efeitos por mais alguns meses. Com a debilidade de muitos animais, a expectativa é que a taxa de natalidade do rebanho caia, por exemplo. Da Agência Brasil.

Contribuíram para minimizar os efeitos da seca na produção animal, as doações voluntárias de associados da AIBA, que já totalizam 876 toneladas de grãos e resíduos de soja e algodão. O equivalente a 35 carretas de cinco eixos com carga máxima.

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