A morte, essa louca!
A morte ainda nos choca e surpreende. Mas quando ela colhe um grande punhado de almas jovens, como neste evento estúpido e inoportuno, nos chocamos para sempre. Não esqueceremos esse ponto final, esse 27 de janeiro, essa interrupção silenciosa. Deixemos com vocês, leitores, o brado discreto e singelo do poeta W.H.Auden:
“Pare os relógios, cale o telefone; evite o latido do cão com um osso; emudeça o piano e que o tambor surdo anuncie a vinda do caixão, seguido pelo cortejo.
Que os aviões voem em círculos, gemendo e que escrevam no céu o anúncio: ele morreu.
Ponham laços pretos nos pescoços brancos das pombas de rua e que guardas de trânsito usem finas luvas de breu.
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste, meu oeste. Meus dias úteis, meus finais-de-semana; meu meio dia, meia-noite, minha fala e meu canto…
As estrelas não são mais necessárias, apague-as uma por uma. Guarde a lua, desmonte o sol. Despeje o mar e livre-se da floresta. Pois nada mais poderá ser bom como era antes.”
W.H. Auden
Wystan Hugh Auden (York, 21 de fevereiro de 1907 — Viena, 29 de setembro de 1973) foi um poeta anglo-americano, tido como um dos grandes autores do século XX.
Muito lindooo…. Bom de ++++++
Muitoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo zika mano posta mais umas