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A ferrovia pode até não sair do papel, mas é necessária

24/04/2013
Eurico Queiroz, o vereador São Tomé

Eurico Queiroz, o vereador São Tomé

O vereador Eurico Queiroz, o qual não conheço pessoalmente, afirmou ao jornalista Roberto Sena, do Mural do Oeste, que a Ferrovia Oeste-Leste é mais um engodo para enganar a população. Segundo o edil a obra se assemelha à Transposição do Rio São Francisco, à Ferrovia Norte-Sul, o Metrô de Salvador e tantas outras que só servem para dar sumiço ao dinheiro público e sacrificar o contribuinte brasileiro. Eurico mostrou indignação com este tipo de pirotecnia com o dinheiro público e com o que considerou uma discussão em torno do nada, já que a Ferrovia praticamente não saiu do papel.

O que o vereador está afirmando é verdade. Mas o que ele queria num País em que as mulheres pintam o cabelo de loiro, os velhos políticos pintam o cabelo de preto e os candidatos apresentam suas propagandas eleitorais em fotografias diligentemente tratadas com photoshop?

Em um país sério, as mulheres teriam orgulho de sua morenice, os políticos apresentariam seus cabelos brancos como símbolo da maturidade e os candidatos mostrariam suas rugas como emblema de sua vida sofrida em prol de seus conterrâneos.

É engodo, é pirotecnia, mas a obra é de vital importância, não só para o Oeste da Bahia, como para o resto do País. O Brasil abandonou os portos e as ferrovias por obra da chamada política de integração nacional do regime militar. Mas já temos mais de 30 anos de governo civil e a rede de ferrovias só encolheu e os portos, com exceção dos privados, não funcionam.

Vamos nos agarrar com nossos santos, Nossa Senhora da Conceição – Oxum – e Santo Antonio – Ogum – e mais Nosso Senhor do Bonfim para que essa ferrovia saia do papel e traga, afinal, a interiorização da economia e a integração de largas fatias do interior ao desenvolvimento baiano.

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