Seminário da Fiol: o sentimento geral é de “agora vai”.

“Este não é o dia da vitória. É o dia do reinício da luta pela vitória, que finalmente acontecerá quando o trem chegar.”

Assim o deputado federal João Leão iniciou o discurso de abertura do Seminário da Ferrovia de Integração Oeste Leste – FIOL, hoje, às 10 horas, em Barreiras, na presença do governador Jaques Wagner e do ministro dos Transportes, César Borges, e de autoridades ligadas à política e a gestão pública da Bahia, entre eles, José Leônidas de Menezes Cristino (Portos), Agnaldo Veloso Ribeiro (Cidades), Augusto Nardes (presidente do TCU), Aroldo Cedraz (vice-presidente do TCU), Josias Sampaio (presidente da Valec), Volney Zanardi Jr. (presidente do Ibama), Bernardo Figueiredo (presidente da Empresa de Planejamento e Logística), Elmo Vaz Bastos de Matos (Presidente da Codevasf), Márcio Zimmermann (secretário Executivo do Ministério das Minas e Energia) e  Jorge Ernesto Pinto Fraxe (diretor-geral do DNIT), além dos senadores Walter Pinheiro e Lídice da Mata. Estavam presentes também outros deputados estaduais e federais, entre eles Oziel Oliveira, Kelly Magalhães e Hebert Barbosa, representantes do Oeste na Assembléia e Câmara Federal.

Wagner, Borges, Antonio Henrique e Humberto

 Os prefeitos Antonio Henrique e Humberto Santa Cruz, este na condição de presidente da UMOB – União dos Municípios do Oeste da Bahia e vice-presidente executivo da UPB – União dos Municípios da Bahia, foram os anfitriões da festa.

A realidade da FIOL não é das melhores, com apenas 7% dos serviços em andamento. Faltam licenças ambientais, licitações para os trilhos, ordens de serviços para inúmeros trechos que já obtiveram a chancela do meio ambiente e, principalmente, dos trâmites burocráticos para o início das obras do porto Sul, de Ilhéus, terminal de importação e exportação da ferrovia.

Leão deixou claro que espera que a Carta da Bahia, documento que será assinado no final do evento, nesta tarde, seja o marco inicial da retomada dos serviços de construção.

Quase 10 anos

Humberto Santa Cruz, em seu discurso, demonstrou que a luta do Oeste pela FIOL já dura perto de uma década:

“Quero fazer um registro especial ao grande sonhador e realizador, Deputado João Leão. Foi ele, com um anteprojeto debaixo do braço, em 2004 que procurou a AIBA para somar esforços em defesa do projeto da ferrovia. Fomos em comitiva ao então Presidente Lula que abraçou a causa. Na sequência, ganhamos outro grande aliado, o então recém eleito Governador Jaques Wagner, que expandiu os limites de uma questão de logística à uma visão maior, de integração da Bahia.”

O Prefeito ressaltou ainda que a ferrovia não é anseio apenas do agronegócio do Oeste:

“Estamos inseridos na grande região do MAPITOBA, que cultiva hoje 4,3 milhões de hectares, produzindo 12 milhões de toneladas de grãos, com valor bruto da produção de 9 bilhões de reais. Fomentar o desenvolvimento aqui é, acima de tudo, exercer uma importante função social.

Temos todos os marcos regulatórios estabelecidos, das relações de trabalho, do meio ambiente e de capitais. São inclusive, referências mundiais. Porque as coisas não acontecem? Estamos aqui fazendo um exercício prático para vencer a batalha da construção da Fiol.

A burocracia é tamanha ao ponto de impedir o desenvolvimento. É a grande responsável pelos nossos históricos gargalos logísticos, entre outros.

E mais adiante acrescentou:

Esta integração não pode se limitar apenas à questão geográfica, mas sim, a uma integração institucional e política, envolvendo os Governos Federal, Estadual e Municipal, bem como os órgão de controle e de fiscalização, entre eles, Tribunais de Contas, Ministério Público, Ibama, Iphan, entre outros, responsáveis pelo sucesso ou insucesso de uma obra desta magnitude.

Kelly Magalhães e Olacyr de Moraes

O espaço Bartira, em Barreiras, ficou lotado com as pessoas que foram ouvir os seminaristas