Maduro aproveita encontro para comprar alimentos
Na Cúpula das Américas, realizada em Cuba, todos, socialistas e bolivarianos, se preocuparam com os altos destinos da América Latina. Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, preocupou-se, no entanto, em assegurar alimentos para ao seu povo. A munição de boca anda escassa por lá. Um contrato de fornecimento de petróleo ao Uruguai vai proporcionar aos venezuelanos o pleno o à carne produzida nos trevais orientais. Uma carne de primeiríssima qualidade.
Aliás, o Uruguai tem tradição em fornecimento de carne: foi por causa do charque uruguaio, que estava chegando sem imposto aos estados do centro e nordeste do País, que os gaúchos se levantaram na revolução de 1835. Mais tarde, no final do mesmo século, o Barão de Mauá instalou por lá a primeira fábrica de carne enlatada da América Latina, fornecendo o produto para toda a Europa.
Os negócios com o Uruguai vão superar os problemas de importação de gado em pé do Brasil, através do porto de Belém. Os números apontam que a Venezuela continua sendo o maior importador, mesmo com um leve recuo. O problema com as importações brasileiras de gado vivo são mesmo as divisas. Parece que os venezuelanos não tem moeda de troca para as importações com os brasileiros.
O santo desespero de Maduro
O presidente da venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nessa quarta-feira (29), em Cuba, que o seu governo e vários integrantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) chegaram a acordo para abastecer o país com produtos que escasseiam no mercado nacional.
“São acordos para garantir o abastecimento dos bens de capital, dos serviços, de alimentos para o nosso povo. Estamos rompendo ‘amarras’ com fornecedores”, disse. O presidente venezuelano participou da 2ª Cúpula de Chefes de Estado da Celac. “Não vão nos chantagear. Estamos rompendo amarras com todos e estamos criando novos fornecedores em países aliados estratégicos”, acrescentou.
Maduro disse ainda que 2014 será um ano de “muito avanço” e de “alterações econômicas necessárias para beneficiar e proteger o povo” na Venezuela. Para ele, este será um ano “de muito trabalho e prosperidade”, com o propósito de “conseguir novos equilíbrios, romper com a corrupção e o lixo da burguesia parasitária”.
O ministro venezuelano de Petróleo e Minas, Rafael Ramírez, anunciou que a Venezuela assinou, em Havana, vários acordos de cooperação energética com o Uruguai e a Argentina, para complementar o abastecimento de alimentos no país. “Da fatura petrolífera que temos com o Uruguai, a metade poderá ser destinada, por meio do Fundo (bilateral) Bolívar Artigas, para trazer ao nosso país os alimentos que façam falta”, disse ele.