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A farsa e a hipocrisia sempre andam juntas

08/05/2014
mestres dos malabares

mestres dos malabares

Políticos são mestres da arte da desfaçatez. São manhosos. Pinçam uma frase, vão à tribuna e num farsesco pronunciamento, distorcem, corrompem. São atores formados. Representam para os eleitores um drama, uma pantomima, com o objetivo de induzi-los a seguirem suas ideias, na maioria das vezes maus frutos de sua imaginação fértil.

O pronunciamento de ontem, da deputada Kelly Magalhães, sobre o comentário realizado por mim, na Tribuna da Câmara, em relação à istração Oziel Oliveira, na prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, é um exemplo escarrado da hipocrisia nativa. A Deputada, sem pejo ou leve rubor nas faces, pinçou a frase do vereador, retirou-a do contexto e saiu em defesa bobagenta de um feminismo sem sentido, repudiando uma  ofensa às mulheres que então trabalhavam na Prefeitura, que só existiu na sua cabecinha pouco criativa.

A Deputada sabe que não se trata disso. Mas como mestre dos malabares, representa para a plateia como se fosse um espetáculo. O assunto ao qual me referi,  trata-se na verdade de comparar a gestão do Ex-Prefeito com aqueles jogos realizados nos lupanares, em que as licitações eram peças de ficção;  o dinheiro saia fácil, em moeda sonante, do bolso de assessores, gerentes, diretores e secretários; o óleo diesel seguia, em caminhão fretado da Prefeitura para as fazendas dos todo-poderosos. Na época, ganhava-se 30% dos lotes de um loteamento, para comercializar como bem entender, liberavam-se loteamentos sem infraestrutura, e como citei na tribuna, fugia-se da Grande Imprensa e dos órgãos federais de fiscalização como o diabo da cruz. Tal não seria se não fosse a herança maldita de Oziel, que hoje repousa, por força de foro privilegiado, no Supremo Tribunal Federal, alvo de 4 processos em andamento e 5 investigações da Procuradoria Geral da República. Tal não seria se Oziel não tivesse concorrido nas eleições de 2012 com uma liminar canhestra do Tribunal de Justiça, quando foi condenado, com trânsito em julgado, em 2011, no órgão fiscalizador da gestão dos prefeitos, o Tribunal de Contas dos Municípios.

Era hora de a Deputada subir à tribuna e contar onde foi parar o dinheiro da construção da sede da Prefeitura, na praça dos Três Poderes. Ou então do estádio, que foi encontrado pelo sucessor apenas com o muro pronto. Ao ainda: das casas populares no bairro Santa Cruz, que ficaram em meias paredes por um longo tempo, até a assunção do sucessor. E se quer lembrar mais: onde foi parar o dinheiro da construção do balneário do Rio de Pedras. Não, preocupou-se, hipocritamente, com a honra das mulheres que trabalhavam na Prefeitura, sobre cuja honradez o Vereador não fez a mais leve insinuação.

Seria melhor ainda que a Deputada explicasse como o Governo de sua Madrinha e correligionária, no período de 2009-2012, em Barreiras, foi abortado, por força de decisão judicial, 15 dias antes do término. Jusmari Oliveira foi afastada, então, da Gestão Pública e não vimos nenhum depoimento candente da Deputada em defesa das funcionárias públicas, que permaneceram com seus vencimentos em aberto durante um bom tempo.

Como sempre afirmamos, a Deputada levantou mais uma vez a bandeira errada, mesmo que isso sirva precipuamente e somente aos seus interesses, nem sempre confessáveis.

Jarbas Rocha (PHS), vereador e líder do Governo na Câmara de Vereadores de Luís Eduardo Magalhães.

2 Comentários leave one →
  1. Avatar de Cemat
    Cemat permalink
    08/05/2014 14:37

    Lascou com Kelly Falação…

  2. Avatar de Mário Machado
    Mário Machado permalink
    09/05/2014 4:49

    PELO DEDO SE CONHECE O GIGANTE, UMA VEZ QUE O ANÃO É ANALFABETO!

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