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Empresários de Unaí, vítimas de extorsão do MT, vão a júri em BH

27/10/2015

 

Norberto Mânica e seu advogado em foto de Pedro Ângelo, para o G1

Norberto Mânica e seu advogado em foto de Pedro Ângelo, para o G1

Conforme informação do G1, começou na manhã desta terça-feira (27), no Tribunal do Júri Federal em Belo Horizonte, o julgamento de dois réus da Chacina de Unaí – o fazendeiro Norberto Mânica e o empresário José Alberto de Castro. O crime ocorreu em janeiro de 2004, no Noroeste de Minas Gerais, e provocou a morte de quatro servidores federais, durante uma investigação sobre trabalho escravo. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, anunciou que iria acompanhar a sessão.

Além dos dois, ainda serão julgados o ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, irmão de Norberto, e o também empresário Hugo Alves Pimenta. Este último conseguiu que seu processo fosse desmembrado e será julgado separadamente, no dia 10 de novembro. O ex-prefeito enfrentará o júri no dia 4 de novembro, todos na mesma corte.

Fui vizinho de cerca dos Mânica, em Unaí. Conheço bem o caso. Os empresários foram vítimas de uma quadrilha de escroques, formada por funcionários do Ministério do Trabalho e advogados inescrupolosos de Brasília. O esquema era simples: os fiscais do MT chegavam à fazenda e encontravam sempre um motivo para multas pesadas, da ordem de R$3 milhões de reais. A seguir, um advogadinho procurava os empresários e com a promessa de retirar as multas, extorquia R$300 mil, que era dividido com os procuradores do MT.

O clamor público pelo ocorrido era tão grande que Antério Mânica foi eleito prefeito,  mesmo preso durante a campanha de 2004, com mais de 72% dos votos de Unaí. E reeleito depois de 4 anos. O corporativismo dos funcionários públicos transformou os empresários em mandantes do crime. 

7 Comentários leave one →
  1. Avatar de Marcelo
    Marcelo permalink
    27/10/2015 11:35

    Porque será que os fiscais sempre encontravam motivos para multas pesadas? Além do que a questão em voga é o fato de ter ocorrido uma chacina, cabe se provar ou não o envolvimento dos acusados sobre os homicídios, o resto é argumento vazio.

  2. Avatar de Lobo
    Lobo permalink
    27/10/2015 12:47

    Agora eu vi mesmo. O inocente era vitima de achaques e resolveu matar todo mundo. Faça-me o favor! Eles estão mortos e fica difícil se defender e am a usar a manjadíssima tática de desqualificar as vítimas para beneficiar os verdadeiros criminosos. Ridículo isso.

  3. Avatar de Lobo
    Lobo permalink
    27/10/2015 12:49

    Talvez os mortos tenham cometido suicídio para incriminar os coitadinhos dos seus ex-vizinhos e as provas sejam todas inventadas?

  4. Avatar de João Carlos
    João Carlos permalink
    27/10/2015 15:28

    É de se estranhar que empresários tão idôneos, apoiados socialmente, e com recursos, não tiveram a ideia de gravar ou filmar e então denunciar esses fiscais “inescrupulosos”. Ao invés disso a ideia foi simplesmente mandar matar, difícil entender esses seus ex-vizinhos.

  5. Avatar de Zé da Luz
    Zé da Luz permalink
    27/10/2015 19:27

    Essa prática inescrupulosa não acontece só em Unaí.
    A nossa justiça trabalhista é injusta!

  6. Avatar de Miriani
    Miriani permalink
    28/10/2015 2:20

    Injusto é o trabalho escravo

  7. Avatar de Elizeu Antunes da Silva
    Elizeu Antunes da Silva permalink
    28/10/2015 15:19

    A justiça tarda mais não falha, esse é um provérbio antigo há muito em desuso no país exatamente devido a cultura da “impunidade” principalmente se o crime for cometido por possuidoras de recursos financeiros suficientes para contratar bons advogados.
    As pessoas se escondem por detrás de fachadas embaçadas e verdades inconfessas,profanam a justiça,contudo não tem coragem de encará-la se forem convocados, o Brasil precisa de muitos “Sérgio Moro”

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