Empresa italiana vai investir R$440 milhões em produção de energia eólica na Bahia
29/01/2016
A Enel Green Power ganhou por 20 anos, no Leilão de Fontes Alternativas, realizado em 27 de maio de 2015, o direito ao fornecimento da energia produzida através dos parques eólicos Cristalândia I e II, que possuem capacidade instalada de 30 MW (15 turbinas) e 60 MW (30 turbinas), respectivamente. Os parques serão construídos em Brumado (37 aerogeradores), Dom Basílio (6 aerogeradores) e Rio de Contas (2 aerogeradores) e devem entrar em funcionamento em 2018.

“No protocolo assinado estão previstos incentivos fiscais concedidos para a compra de maquinário, com a isenção do ICMS, além da adesão da Enel aos projetos estaduais Primeiro Estágio e Primeiro Emprego, prioritários para o Governo do Estado. É um compromisso entre o Estado e a empresa, que se propõe a investir na Bahia, e que terá todo o apoio do Estado não só com isenção de impostos, mas também para o apoio de sua implantação, inclusive com as licenças”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda.
Serão gerados 500 empregos diretos e 10 postos de trabalho quando os parques estiverem em funcionamento. Durante a , o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Enel, Marcio Trannin, destacou o potencial baiano para produção de energia a partir dos ventos e a política de atração de investimentos do poder executivo estadual. “Estamos muito felizes em estar investindo na Bahia”, disse o representante da multinacional.
A Enel já possui 18 usinas eólicas na Bahia, o equivalente a 554 MW, entre projetos em funcionamento e em fase de construção, com um montante de investimentos de cerca de R$ 3 bilhões. A companhia também istra 410 MW de projetos solares fotovoltaicos.
Bons ventos e Sol forte
Na Bahia, 46 projetos de energia eólica estão em operação. Os parques estão espalhados por 23 municípios, totalizando uma capacidade instalada de 1.159,4 MW.
Diferente dos outros estados da região, que tem projetos localizados no litoral, a Bahia concentra o potencial eólico no interior, ao longo de toda margem direita do Rio São Francisco, desde a Serra do Espinhaço até Juazeiro. O grande diferencial baiano é justamente ter bons ventos e sol intenso onde a economia é mais pobre.

O superintende de promoção de investimentos da SDE, Paulo Guimarães observou que os investimentos têm impacto significativo na geração de emprego e renda no semiárido. “O pagamento do arrendamento da área por estas empresas de geração de energia eólica aos posseiros, que, em geral, são agricultores familiares, tem valores significativos, que giram em torno de R$ 10 a R$ 12 mil por aerogerador. Isso significa que só os projetos que já temos em carteira são responsáveis pela injeção de mais de R$ 40 milhões por ano. Valores que tendem a crescer conforme os projetos forem vencendo em leilões. É uma revolução para a região do semiárido”.
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