Almerinda, a má, sintonizada nas reuniões políticas do LEM
Com toda a experiência de vida que tenho, preciso confessar: quando Madame Almerinda, ave agourenta de tempestades, liga para a Redação, sei que boa notícia não é:
-Está aí periodista?
-Estou, Madame. Em que posso servi-la?
-Soube da reunião secreta no Aeroporto, ontem?
-Soube não, Madame. Não tenho dinheiro nem pra agem de ônibus, quanto mais para frequentar aeroportos.
-Pois é, quando o peão ganha pouco a culpa não é do patrão. É do próprio peão.
-Acontece que eu vi na minha bola de cristal, com certa interferência por causa da distância, que o candidato preferido do povo do futebol recebeu a liberdade dos chefões, ontem.
-Quem? O Secretário de Esportes? O Alecrim?
-Não seu bocó, o Fábio Lauck! Ganhou liberdade para seguir seus próprios caminhos.
-E daí, Madame, todos sabiam que isso ia acontecer.
-Sabiam, mas ontem foi oficializado. Valdeci, Jarbinhas, Franciosi, Luza, Verri, Werther, ninguém fala disso. Nem o próprio Humberto Santa Cruz. Fizeram um pacto de silêncio absoluto e monástico.
-Pois é, Madame. Tem um tempo de plantar e um tempo de colher.
-Vai prá lá, seu Bocó, quando você começa a filosofar, melhor desligar o telefone.
E desligou. Vocês viram: Almerinda, a proxeneta dos futuros, não perde o respeito pelo seu jornalista preferido. Trata-o na terceira pessoa: “Seu” bocó!