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Gilmar Mendes conspira na madrugada para ser o novo presidente por eleições indiretas

16/03/2017

Por Fernando Brito

A esta altura, a Ministra Cármem Lúcia deve estar se sentindo um “pinguim de geladeira”.

Gilmar Mendes convoca à sua casa o Presidente da República e um magote de “quase réus” – Aécio Neves, Eunício Oliveira, Rodrigo Maia e a deslustrosa figura de Jair Rabo de Palha Agripino Maia – para discutirem uma “reforma política” que livre a todos das consequências da “lista de Janot” .

 

Para colocar a “cereja do bolo” da falta de decoro, uma reunião nas trevas da madrugada, pois lá chegou Michel Temer às 23 horas, informa a Folha.

Em qualquer democracia minimamente respeitável sob o aspecto jurídico, reunião de madrugada de um juiz para buscar fórmulas de sobrevivência de acusados que estão sob sua jurisdição condenaria a todos, a começar pelo juiz que faz algo deste tipo.

A República tornou-se presa de uma mancebia entre Gilmar, Temer e seus líderes partidários do PSDB e do DEM, já que no PMDB pouco sobrou a quem se pode chamar de líderes dentro do partido.

E a Doutora Carmem Lúcia, que se preocupava com provocações gratuitas a Dilma Rousseff – lembram-se do “presidenta”? -, só não se vê desmoralizada debaixo de suas barbas porque não as tem.

Gilmar Mendes sonha mais além de arranjos para salvar bandidos.

Desde novembro vem costurando no tucanato a viabilidade do seu próprio nome para uma eleição indireta em caso da cassação de Temer , no TSE.

Controlando o processo na Presidência do eleitoral e podendo articular Herman Benjamin para uma vaga do STF , é nome confiável para ser eleito pelos senhores do baixo clero , enrolados na Lava Jato e em outros processos penais a que respondem perante a Suprema Côrte.

Esse é o verdadeiro arranjo que a podridão da política brasileira trama nos dias atuais . 

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