E agora? Como ficam os políticos profissionais, cheios de processos, depois da intervenção militar?
17/02/2018
A esta altura do campeonato, políticos de todos os matizes estão exorcizando a intervenção militar no Rio de Janeiro.
Ninguém é capaz de conceber que Michel Temer e Pezão sejam os autores da aventura institucional de cercar o Rio de Janeiro com as forças armadas e controlar o que restou da Polícia Civil e da Polícia Militar.
O carnaval e os crimes comuns cometidos no período foram a desculpa. A Globo apoiou, como fez em 1964, depois que foi desmoralizada em pleno carnaval. Sempre flutuando e sobrenadando as crises como detritos na orla da maré baixa.
O jornal O Globo, em sua página na internet, anuncia com entusiasmo juvenil:
“Intervenção no Rio terá tanque nas ruas, policiamento ostensivo, bloqueio de vias expressas e varredura em presídios.”

Foto: O Globo.
A verdade é que executivo, legislativo, Ministério Público e a “Xustíssia” estão engessados desde hoje, antes da “aprovação” do édito no Congresso. A Justiça Militar assume, com os IPMs (inquéritos policiais militares) e tudo o mais. Do jeito que anda a carruagem, o Maracanã será pequeno para tantos detidos e presos.
Eleições de 2018? Podem ser um sonho cada vez mais distante. O STF aprova qualquer pacotão “democrático” que for protocolado.
Problemão para esses corruptos que estão usando cargos no Executivo e no Legislativo para se esconderem no foro privilegiado.
No comments yet