Bolsonaro barbarizou no programa Roda Viva
Por Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo
Ídolo da extrema-direita, Jair Bolsonaro barbarizou no programa Roda Viva.
Disse todas as barbaridades esperadas por seu público.
Afirmou que os portugueses nunca pisaram na África e que a culpa da escravidão é dos africanos.
Garantiu que não há dívida com a escravidão pois ele não escravizou ninguém.
Fez a apologia de Brilhante Ustra, seu torturador de estimação.
Defendeu menos direitos para trabalhadores rurais.
Cantou loas à ditadura.
Duvidou mais uma vez do assassinato de Herzog.
Mostrou que matou as aulas de história.
A fraca bancada entrevistadora deixou-se enredar.
Não o questionou nos seus pontos mais frágeis.
Mas ele se mata sozinho. Fala para os convertidos.
Não ganha novos adeptos com seu desconhecimento geral de tudo e com seus preconceitos assombrosos.
Bolsonaro tem razão: os portugueses nunca estiveram na África. Inclusive o fato de Angola e Moçambique falarem a língua portuguesa aconteceu depois de sorteio na sede da FIFA em Zurique. Bolsonaro precisa urgente voltar aos bancos do EJA e dar uma revisada nas aulas de história e geografia.
Até tentava chamá-lo de Bozonaro, mas o candidato comediante não está ajudando, penso em chamá-lo de Bozó Naro, não em homenagem a um conhecido personagem de Chico Anisio, mas sim por significar trabalho, macumba, despacho, o que convenhamos é o que alguém deve ter feito para o Brasil, tamanha a zica em que vivemos, ao ponto de termos um candidato dessa qualidade.