Colaborador da equipe de transição e suspeito de sonegação é flagrado com drogas pela PF
24/12/2018
Da Folha:
Na manhã de 27 de novembro, policiais federais e fiscais da Receita entraram no apartamento do advogado Thiago Taborda Simões, em São Paulo, em busca de provas sobre a suposta atuação de uma quadrilha que operava um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro que pode ter dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco.
Durante as buscas, os investigadores apreenderam documentos, encontraram uma caixa com maconha e cocaína e um crachá de o ao local de trabalho da equipe de transição do governo do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
Segundo a operação, batizada de Chiaroscuro, a suposta quadrilha funcionava a partir de um escritório de advocacia que atuava em conjunto com empresas laranjas e reais.
A PF afirma que as empresas simulavam a venda de produtos e serviços e, ao receber os pagamentos e emitir notas fiscais sobre as transações fictícias, distribuíam os valores para contas no Brasil ou no exterior, ou realizavam a entrega de dinheiro em espécie aos envolvidos no grupo.
“Há indícios de que esses pagamentos eram realizados para diminuir valores devidos em impostos, lavar dinheiro e pagar propinas a agentes públicos”, diz a polícia. (…)
Simões não é formalmente da equipe de transição, mas participou de reuniões com o grupo comandado pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.
O advogado itiu à Folha, via sua assessoria, que teve dois encontros com a equipe de Guedes como especialista convidado. Teria atuado, segundo ele, como consultor em assuntos tributários. (…)
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