As palavras malditas, ditas em horas pouco oportunas.
26/05/2019
Não sei se já são os primeiros efeitos do cortes nas verbas da Educação, mas a verdade é que os eleitores de Bolsonaro nunca tiveram muita intimidade com a língua de Luís de Camões, a “última flor do Lácio, inculta e bela”, no dizer de Olavo Bilac.
Para eles, mais do que cultuar a Língua dos seus pais, é importante portar uma arma de 1.600 joules de impacto.
Madame Almerinda, a profetisa, que parece estar desembarcando da nave bolsonarista, me ligou escandalizada:
– Creedo, meu querido periodista, essa palavra inserida no cartaz pode ser de mau augúrio. Lembra de Mussolini, que terminou pendurado pelos pés num posto de gasolina? Lembra de Sadam Hussein, que acabou enforcado depois de puxar saco de norte-americanos durante 15 anos?
Observe no cartaz, que eles foram ainda muito felizes. Dada a estupidez de alguns espécimes raros da extrema-direita, poderiam ter escrito “fássil” e “forssa”.
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