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Alterações no clima acabam reprimindo consumo de energia e de combustíveis fósseis

01/03/2020

Por vezes, as mudanças ambientais acabam colaborando com um menor consumo de combustíveis fosseis e não renováveis. É emblemático o caso do Boeing 747 que bateu o recorde de velocidade empurrado pelos altos jatos da tempestade Ciara.

Um Boeing 747-400 da British Airways bateu o recorde de velocidade para um avião subsônico, ao atingir a velocidade de 1.327 km/h em relação ao solo no dia 11 de fevereiro. Fortes correntes de vento em rota ajudaram o avião a cumprir o voo entre Nova York e Londres em apenas 4 horas e 56 minutos, pousando na capital inglesa 80 minutos antes do previsto.

Mas pouco se comentou que a mesma tempestade bateu recordes na produção de energia eólica, fazendo com que até 44% da energia consumida na Inglaterra fosse originária dos cataventos instalados na região.

Por outro lado, especialistas dizem que as temperaturas altas para o mês de janeiro no hemisfério Norte, em especial na Europa, acabaram economizando gás natural nos aquecedores e derrubaram o preço do combustível.

Agora, o Coronavírus, já uma pandemia instalada em 54 países, está derrubando os preços do petróleo, pela queda abrupta das atividades como navegação marítima, aviação, indústria, automóveis, transportes ferroviários e outros altos consumidores de energia.

Na província de Hubei, onde surgiu o problema do Coronavírus, a densa poluição do ar, um sofrimento na inversão térmica invernal na China, acabou, com as fábricas paradas e os automóveis na garagem.

Especialistas sugerem que a demanda de combustível da China agora tem um buraco de 4 milhões de barris por dia, e as importações chinesas de petróleo bruto deverão cair 160 mil barris de petróleo por dia em fevereiro. Março pode ser pior, se as exportações previstas de petróleo da Arábia Saudita para a China no próximo mês forem um indicativo.

Cada vez mais me convenço: a raça humana é uma espécie de escabiose – sarna – na pele do planeta Terra. Quando a doença fica muito aguda, a natureza reage e soluciona o problema.

Há poucos dias, observava: nos bairros acima da Cidade Universitária, uma empresária pretendia lotear uma porção de terras. Desmatou o cerrado, gradeou e acabou desistindo. Pois bem: hoje quatro anos depois, a vegetação é no mínimo 4 vezes mais densa, de melhor qualidade e sofre menos com a seca. A mexida no solo foi o suficiente.

A Natureza é sábia e sabe recuperar-se da intervenção humana.

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