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Advogado implicado na Operação Faroeste faz delação e devolverá R$2,2 milhões à Justiça

08/04/2020

Desembargadora Sandra Inês foi presa depois de ação controlada pela PF e MPF.

A colaboração premiada do advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, que resultou na prisão da desembargadora  Sandra Inês Rouciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) depois de operação controlada pela Polícia Federal ainda vai render um dinheirinho extra.

Ficou acertado que o advogado devolverá a importância, constante de dinheiro e carros usados.

O advogado, que já atuou como servidor do TJ-BA, teria dialogado, negociado e cooptado diversos agentes criminosos para comprar decisões judiciais e influenciar o conflito fundiário no oeste baiano.

Ele teria negociado 30 decisões judiciais em 1º e 2º graus, bem como feito o retardo de decisões em benefício de terceiros e designação de magistrados para atender seus anseios, em processos envolvendo litígios rurais na região do oeste da Bahia e outras localidades.

Júlio César afirmou que chegou a receber uma oferta de Adailton Maturino de R$ 10 milhões para o juiz Sérgio Humberto cumprir o acertado entre os desembargadores para garantir a posse das terras.

Segundo a delação do advogado, apesar da Bom Jesus Agropecuária já ter tido seu direito as terras reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu se associar ao advogado, agora delator, para se opor ao grupo de Adailton Maturino, que pretendia transformar o borracheiro José Valter Dias “em um dos maiores latifundiários do Brasil”. 

O mais incrível da história é que, mesmo depois da eclosão da Operação Faroeste, com a prisão de vários magistrados, empresários e advogados, a desembargadora Sandra Inês ainda vendeu uma sentença, validada em sessão plenária do TJ-BA, no dia 21 de janeiro deste ano.

Com a delação do advogado já acertada, a Polícia Federal e o MPF conseguiram monitorar toda a fraude.  

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