A pandemia chegando para causar uma grande tragédia e o prefeito Zito só pensa em asfalto e iluminação.
13/04/2020

Imagem da assessoria de comunicação da Prefeitura de Barreiras: Zito percorre ruas fiscalizando o asfalto.
O prefeito Zito Barbosa, apesar de cercado de problemas em relação ao pico da pandemia de Coronavírus, prefere continuar surfando a onda da pintura de asfalto, da iluminação feérica, dessas ações que dão voto e aparecem muito aos olhos do eleitor.
Na edição 3171 do Diário Oficial da Prefeitura de Barreiras, editada dia 8, quarta-feira da semana que ou, está detalhada uma grande licitação, que vai aplicar R$9.320.000,00 (nove milhões e trezentos e vinte mil reais) em iluminação pública, mas principalmente na iluminação de Natal da cidade, assunto que já causou polêmica há menos de 2 anos.
Gente bem informada me diz: Zito não comprou um rolo de esparadrapo depois que começou a crise sanitária. Outros bem informam: feiras livres e comércio estão parecendo a rua 25 de março, no tradicional centro das quinquilharias chinesas no centro de São Paulo.
Outro especialista na área adverte: o asfalto que Zito Barbosa está fazendo ou é uma cobertura em asfalto já existente ou é asfalto de péssima qualidade, sem base e sub-base, sem análise de um laboratório de solo, sem medir o nível de compactação em todos os pontos.
A mesma pessoa me informa: “Já aconteceram casos de asfalto que afundou com o trânsito em menos de uma semana, tanto eram os “borrachudos” no meio da obra. Confiar só na qualidade do asfalto a quente é temerário se não se fizer uma obra competente na sub-base e base da via.”
Se por um lado existe clara sub-notificação de Coronavírus em Barreiras, como de resto em todo o País, com base no baixo número de testes, na testagem rápida ainda muito incerta e a testagem comprobatória com resultados de até 8 dias, a liberação do comércio não deixa de ser uma temeridade.
Em contrapartida, como contar com a preparação de um hospital, o Eurico Dutra, apenas para a internação de média complexidade e rastreio dos contaminados, quando não se tem um centro de tratamento intensivo de doenças respiratórias.
O Hospital do Oeste? Certamente não poderá dispor de mais de 10 leitos de UTI em isolamento. Ao menos foi o que já garantiu seu diretor.
A pergunta que não pode deixar de ser feita é se não se aplicaria de maneira mais conservadora esses 9 milhões de reais na construção de um centro de UTIs, com 100 ou mais leitos, capaz de atender a demanda local e suprir a alta demanda regional esperada?
Não seria mais prudente, em vez de contratar o serviço de engenheiros eletricistas, eletrotécnicos, eletricistas e motoristas de caminhão munck, contratar, isso sim, técnicos de enfermagem, enfermeiros com curso superior, infectologistas, médicos intensivistas para atender o grave problema que só o Prefeito e o seu secretariado não conseguem enxergar.
Zito Barbosa não está sozinho em sua ação temerária: Oziel Oliveira está fazendo muito pouco. Adquiriu menos de uma dúzia de respiradores pulmonares, adaptou um prédio do CRAS AD III – não estou informado sobre o andamento dos trabalhos – e alugou ou adquiriu dois containers, com dois leitos cada um, para fazer o isolamento e primeiro atendimento de pacientes com fortes sintomas da contaminação.
Tanto os prefeitos, como os secretários de Saúde, a exemplo do Presidente da República, estão minimizando a pandemia, que já tem mais de 1,5 milhão de contaminados e mais de 100 mil mortes em todo o Mundo.
A gestão de Zito Barbosa é meritória no que diz respeito ao embelezamento da cidade. Barreiras mudou de cara durante os três primeiros anos da sua gestão. Mas está agindo com pouca prudência ao desprezar a crise que se avizinha. O que aliás pode comprometer até sua reeleição, tida como certa até agora. Se o sistema de saúde de Barreiras entrar em colapso muito pouco sobrará da aprovação de Zito Barbosa.
Veja aqui a reprodução do Diário Oficial 3171 de Barreiras.
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