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O colapso do País: uma ou mais gerações perdidas com a assunção dos bárbaros ao poder.

14/12/2020

Mesmo que nós anuamos com os resultados da Pesquisa Datafolha, realizada por telefone, com um universo pouco maior que 2.000 pessoas, sobre a aprovação do Governo Bolsonaro, o qual anuncia 37% de aprovação ao atual Governo, temos que medir as consequências disso ao futuro do País.

Pense, de maneira otimista, que não seria possível que essa horda de bárbaros, recheada de velhos generais golpistas, charlatães fundamentalistas, de arapongas em vias de aposentadoria, milicianos, magistrados de pouco brilho e aproveitadores de todos os matizes vá tomar conta do País.

Nos sirvamos de um trecho da Wikipédia:

“Historiadores modernos mencionam como fatores que causaram a decadência do Império a eficácia e os números do exército romano, a saúde e os números da população romana, a força da economia, a competência do Imperador, as mudanças religiosas do período e a eficiência da istração civil. A crescente pressão dos “bárbaros“, povos que estavam fora da cultura greco-romana, também contribuiu grandemente para o colapso da civilização romana.”

Hunos e vândalos tinham cavalos para dominarem Roma e seus exércitos. Os milicianos e bárbaros do Brasil tem pistolas e munição financiadas pela renúncia fiscal do Governo.

Serão eles que vão vandalizar o País, com projetos de vacinação fraudulentos; com estatísticas falsas da economia; com a inauguração de obras licitadas e realizadas no primeiro e segundo mandatos de Dilma, com o avanço ávido sobre instituições como a Consolidação das Leis do Trabalho, o Fundo da Educação Básica e o Sistema Único de Saúde?

Entregar o petróleo, a energia e o regime de águas, o sistema financeiro, a indústria pesada – destruída no episódio da Lava-Jato –  e, principalmente, a nossa investigação científica e o capital intelectual, significa que não estaremos perdendo apenas uma década de desenvolvimento. Estaremos perdendo meio século.

E isso nos tornará, tão bárbaros como os invasores dos nossos hábitos, costumes e instituições. O País talvez volte a retornar ao que era no limiar do século XXII.

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