Fabricantes da vacina Sputnik V vão processar ANVISA.
29/04/2021
Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter negado o pedido de 10 estados brasileiros para importar a vacina russa Sputnik V, os desenvolvedores do imunizante anunciaram, nesta quinta-feira (29/4), que irão processar o órgão regulador brasileiro por difamação.
Em uma série de postagens feitas no Twitter da conta oficial da vacina contra covid-19, os produtores acusam a agência brasileira de ter espalhado “informações falsas e imprecisas intencionalmente”.
“Após a issão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente”, diz um trecho postado.
Na última segunda-feira (26), após as três áreas técnicas da agência emitirem recomendações contrárias à autorização, os diretores da Anvisa recusaram o pedido de importação da vacina. Na ocasião, o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos do órgão, Gustavo Mendes explicou que faltaram informações mínimas para se garantir uma análise da segurança, qualidade e eficácia do imunizante, o que pode ser prejudicial à saúde humana.
Mendes frisou uma não conformidade grave relacionada à tecnologia da vacina. “O que nós percebemos é uma falha na estratégia do controle de qualidade. A empresa não demonstrou que controla de forma eficiente os processos para controlar outros vírus contaminantes também”, comentou.
Decisão de “natureza política”
Na última terça-feira (27), um dia após a Anvisa rejeitar o pedido de importação da Sputnik V, o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e o Instituto Gamaleya, desenvolvedores do imunizante, afirmaram que a decisão da agência brasileira é de natureza política e “nada tem a ver com o o do regulador à informação ou com a ciência”.
Não é apenas aparelhamento político: são negócios, rentáveis para os donos do poder. Segundo o de empresas gaúcho, Milton Rosa, a compra da vacina indiana Covaxin tem treta. O contrato de 20 milhões de doses (R$ 1,61 bilhão), negociado pelo ex-ministro Pazuello, teve pagamento integral autorizado 3 dias antes da .
O prazo de entrega de 16 milhões de doses se esgotou e a Covaxin ainda não tem aval da Anvisa.
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