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Milícias de Bolsonaro estão falando em invadir a Embaixada da China.

16/08/2021

China investe em pesquisa, aquisição de terras e infraestrutura na África Oriental.

Publicações feitas pelas milícias digitais do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais mostram que há risco de invasão da Embaixada da China no Brasil durante a mobilização golpista convocada pelos bolsonaristas no dia 7 de setembro. O ato surge como “resposta” à prisão do ex-deputado Roberto Jefferson pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das milícias digitais.

Mensagens difundidas neste domingo (15) e nos dois últimos dias mostram que os apoiadores do presidente elegeram a sede diplomática do país asiático como um dos alvos do movimento.

O mote de invasão da embaixada aparecem tanto nas hashtags do ato quanto em ataques direcionados ao embaixador Yang Wanming.

Roberto Jefferson, preso na quinta, pregava a expulsão de Wanming e chegou a fazer vídeo com ataques xenofóbicos ao diplomata, em julho. O presidente nacional do PTB chamou o embaixador de “chinês malandro”, “xing ling” e “macaco”.

“Tem que ir embora, o presidente tem que mandá-lo embora. Ele está afrontando o presidente”, disse em tom ameaçador. “Só por cima do nosso cadáver é que vão implantar aqui um regime ateu-marxista-comunista, onde um palhaço, macaco dá ordens às pessoas e repete Marx e Mao, como esse embaixador chinês. Não me ajoelho a esse macaco chinês”, completou.

Essa “tese” do ex-deputado parece estar sendo bastante difundida entre os bolsonaristas.

O ato de 7 de setembro tem sido mobilizado por figuras como cantor Sérgio Reis, que publicou vídeo ameaçando o STF. Em áudio vazado, ele fala em invadir o tribunal.

Da Revista Fórum.

Quem deve estar feliz com estas ameaças à China é o Agronegócio. O País asiático é o maior comprador de proteína animal, soja, milho e minérios do Brasil.

Isso só vai ajudar a China a decidir sobre os investimentos na África Oriental para ficar cada vez mais distante da insegurança política e jurídica do Brasil.

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