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Bolsonaro acaba com a Zona Franca de Manaus ao reduzir incentivos.

26/02/2022

O presidente Jair Bolsonaro ( PL) publicou decreto no início da noite desta sexta-feira (25), que põe fim ao modelo Zona Franca de Manaus.

O decreto que reduz em 25% o IPI, Imposto sobre Produtor Industrializados, tira a competitividade do Polo Industrial de Manaus e pode fechar as fábricas, ajugentando os investidores.

A medida atinge empregos de mais de 100 mil trabalhadores.

O decreto estabelece dois percentuais de redução:

  • 18,5%: para alguns veículos;

  • 25%: para produtos industrializados nacionais e importados, com exceção de produtos nocivos à saúde, como cigarros com tabaco. No caso dos automóveis, como já contam com redução de alíquota devido a políticas de incentivo vigentes, a redução total também chegará a 25%.

EFEITO CASCATA

A redução dos incentivos representará a demissão em massa de milhares de amazonenses do Polo Industrial de Manaus e ainda provocará a queda na arrecadação do Estado e municípios.

Ontem (24), no aniversário da Suframa, Paulo Guedes, enviou a Manaus, a secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Daniella Marque Consentino, que se comprometeu em ser porta-voz da Zona Franca e não permitir o ataque ao Amazonas. Era, mais uma vez, tudo lorota.

Nota de repúdio

O prefeito de Manaus, David Almeida, divulgou Nota de Repúdio informando que recebeu com indignação o decreto do presidente Jair Bolsonaro que reduz em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados.

David disse que a medida representa uma ameaça para 100 mil trabalhadores do Polo Industrial.

“Isso significa ameaça real para mais de 100 mil empregos e menos receita para investimentos em saúde, educação, tecnologia e infraestrutura em benefício do nosso povo”, disse.

O prefeito também lamentou pelo fato de o decreto ser publicado na semana de aniversário da Zona Franca de Manaus e pediu união da classe política, empresarial e da sociedade civil organizada, para tentar reverter a decisão.

“Após tanto diálogo e anúncios do governo federal de que a Zona Franca de Manaus não seria prejudicada, o decreto do ministro Paulo Guedes é um punhal nas costas de todos os amazonenses”, afirmou Almeida.

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