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Depois de 30 dias de chuvas, RGS tem garantia de 10 dias de sol.

29/05/2024

Um milhão de metros: Ventos na Lagoa dos PatosVento na Lagoa dos Patos

Só o vento sudeste, que represa as grandes superfícies lacustres do litoral gaúcho, ainda causam problemas, mantendo Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande sob a ameaça das águas.

Segundo o boletim da Defesa Civil estadual liberado às 9h de hoje, 29, mostra que a catástrofe climática afetou 471 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul. As chuvas extremas, que iniciaram no dia 29 de abril, provocaram a morte de 169 pessoas e ferimentos em outras 806. Ainda tem 44 pessoas desaparecidas.

O número de desalojados está em 481.638 pessoas e existem 47.651 pessoas em abrigos. As enchentes afetaram 2,34 milhões de gaúchos. Os resgatistas salvaram 77.729 pessoas e 12.527 animais.

As chuvas que atingiram o Estado provocam danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais gaúchas. Atualmente, são 67 trechos com bloqueios totais ou parciais em 36 rodovias, entre estradas, pontes e balsas. As informações são do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), consolidadas com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), abrangendo também rodovias concedidas e as istradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

As perdas do setor agropecuário, levantadas por entidades de classe, apontam para R$2,9 bilhões. Hoje o Governo Federal anunciou um programa de financiamento da ordem de R$15 bilhões para a indústria gaúcha.

Os R$ 15 bilhões do Fundo Social poderão ser utilizados em três linhas de financiamento. A primeira é para compra de máquinas, equipamentos e serviços, com juros de 1% ao ano mais o spread bancário [diferença entre taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes], com prazo de até 60 meses e 12 meses de carência.

A segunda linha deverá financiar projetos customizados, incluindo obras de construção civil, com a mesma taxa de juros e spread e prazo de pagamento de até 120 meses com carência de 24 meses. O limite por operação desses créditos é de R$ 300 milhões.

A terceira linha será para ajudar no capital de giro emergencial das empresas, com custo base de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas (MPME) e de 6% ao ano para grandes empresas mais spread bancário. O prazo será de até 60 meses com carência de 12 meses. O limite por operação é de R$ 50 milhões MPME e R$ 400 milhões para empresa de grande porte.

Energia ainda com problemas

A CEEE Equatorial informou que 45.591 pontos estão sem energia elétrica (2,2% do total de clientes) no Estado. Já a RGE Sul confirmou que 43,1 mil pontos não tinham luz (1,4% do total de clientes). O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) reabriu cinco comportas do Sistema de Proteção Contra Cheias, na tarde de ontem, 28. Os portões haviam sido fechados no dia 2 de maio.

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